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Textos/Texts

Texto crítico da exposição individual "Estado de Exceção".

Autora: Thais Rivitti.

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Texto crítico da exposição individual "Deslocamentos", na Galeria Cañizares da UFBA.

 

Autor: Paulo Gallina.

Publicação:

Convivendo com Arte/

Exposições Temporárias

 

(Trecho da página 163. Texto de Joana Tuttoilmondo, Washington Dellacqua e Rejane Cintrão)

A apropriação de objetos do cotidiano é procedimento frequente na arte contemporânea. Os trabalhos de Geórgia Kyriakakis e Fábio Leão trazem objetos cujo design não tem uma autoria conhecida, mas que perdurou no tempo e praticamente se universalizou. Em Cestinho, Fábio Leão usa um cesto de lixo como uma espécie de carimbo para evidenciar um outro olhar para este objeto corriqueiro. Na série Por motivo de força maior, Geórgia tira partido do formato das taças e as dispõe numa situação limite, em que o movimento, ou melhor, a queda, é um risco iminente.

Publicação:

Revista Arte!Brasileiros Online/ impressa.

http://brasileiros.com.br/2015/03/situacoes-limite/

 

Título da matéria:

Situações-limite

Na Bienal de Las Fronteras, no México, artistas e curadores emergentes são os protagonistas.

 

Trecho da matéria:

 

Duas obras inquietantes supõem transmigração entre meios: as esculturas tecidas de Mayra Mashkanian, algumas podem fazer pensar nos ritos de extirpação, e que em todo caso recriam as práticas ancestrais de um trabalho manual típico de seu povo natal Guilan, no Irã. Em Reconfiguração de Espaços Específicos 2, o brasileiro Fabio Leão transfere desenhos encontrados na superfície de espaços arquitetônicos de um edifício (Lodge, em MacDowell Colony) para o papel e os monta em escala natural, formando um políptico. Essas imagens migrantes encontradas e transportadas lembram a invenção do frotagge que Max Ernst realizou no solo de um hotel evocando Da Vinci.

 

 

 

 

 

Publicação: folder da exposição individual "Real Virtual".

 

Autor(a) do texto: Isabel Vilalba.

 

 

 

Real Virtual – Exposição de Fábio Leão

 

“Nosotros, de un vistazo, percibimos tres copas en

una mesa, Funes, todos los vástagos y racimos y frutos que comprende una parra” (Funes, el memorioso,  de Jorge Luis Borges)

 

Assim como o Funes com sua inesgotável  memória e percepção infalíveis, cheias de detalhes cotidianos, Fábio Leão nos convida a entrar em seu mundo real-virtual, onde capta/recorda detalhes da  estrutura dos objetos e da arquitetura que o rodeia percebendo, registrando, concretizando aquela percepção.

 

A arquitetura o impacta de uma tal maneira que imagina suas origens desde o desenho inicial até sua realização. Às vezes pode expressá-la através da monotipia, outras vezes,  desenhando-a no espaço expositivo, sempre em escala real, conformando uma obra site-specific onde se diluem as fronteiras entre o trabalho e o espaço, provocando um efeito de estranhamento ao se perceber  “um espelhamento sem espelho”.

 

Fábio se apropria do espaço e das partes que o compõem, sejam paredes, janelas, portas ou chão recortando-as  em moldes de concreto a modo de vestígios arqueológicos que podem ser espalhadas no mesmo local, fazendo-se visíveis desde uma outra perspectiva. O concreto, áspero, poroso, pesado, remete às

entranhas da própria arquitetura.

 

O objeto exposto no centro de outra sala, o banquinho, com suas partes moldadas também em concreto e apoiadas no chão, ele mesmo em sua solidão, estabelece uma conexão com o espaço circundante ao se deslocar de sua função original, propondo uma possibilidade de ver e pensar os objetos corriqueiros enquanto presença, matriz ou desenho.

 

Um outro aspecto do trabalho está relacionado à noção do tempo,  assim como a memória vai se constituindo no decorrer dos dias, a arquitetura precisa de tempo para se firmar. Uma vez constituída como espaço ou volume, oculta sua estrutura, mas as inquietações do artista a trazem de volta. Ela é capturada, revelada em sua potencialidade e recriada pelo fazer artístico de Fábio Leão que aqui se apresenta como “um captador de espaços’’. 

 

Texto: Isabel Villalba

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